"A
árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é
má, porque se conhece a árvore pelos seus próprios frutos. Não se colhem figos
dos espinheiros e não se cortam cachos de uva dos abrolhos. O homem de bem
retira boas coisas do bom tesouro do seu coração, porque a boca fala daquilo
que está cheio o seu coração". -Jesus (Lucas, cap. VI 43-45)
"O
maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo, Francisco
Cândido Xavier (foto ao lado) em todas as
épocas nasceu em Pedro Leopoldo, modesta cidade de Minas Gerais, Brasil, em 2
de abril de 1910. Viveu, desde 1959, em Uberaba, no mesmo Estado, desencarnando
no dia 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial
de futebol. Seu desenlace ocorreu pacificamente, no próprio lar, onde foi
encontrado sereno, ainda em atitude de prece a Deus. Conforme revelara a amigos
mais íntimos, tinha o desejo de partir num dia em que o "povo brasileiro
estivesse muito feliz".
Chico Xavier
com 17 anos
"Completou
o curso primário, apenas. Pais: João Cândido Xavier e Maria João de Deus,
desencarnados em 1960 e 1915, respectivamente. Infância difícil; foi caixeiro
de armazém e modesto funcionário público, aposentado desde 1958.
Em 8 de
julho de 1927 participa de sua primeira reunião espírita. Até 1931 recebe
muitas poesias e mensagens, várias das quais saíram a público, estampadas, à
revelia do médium, em jornais e revistas, como de autoria de F. Xavier. Nesse
mesmo ano, vê, pela primeira vez, o Espírito Emmanuel, seu inseparável mentor
espiritual até hoje.
O menino Chico
Desde os 4 anos de idade o menino Chico teve a sua vida assinalada por
singulares manifestações. Seu pai chegou, inclusive, a crer que o seu
verdadeiro filho havia sido trocado por outro... Aquele seu filho era
estranho!...
De formação
católica, o garoto orava com extrema devoção, conforme lhe ensinara D. Maria
João de Deus, a querida mãezinha, que o deixaria órfão aos 5 anos. Dentro de
grandes conflitos e extremas dificuldades, o menino ia crescendo, sempre puro e
sempre bom, incapaz de uma palavra obscena, de um gesto de desobediência. As
"sombras" amigas, porém, não o deixavam...
Conversava
com a mãezinha desencarnada, ouvia vozes confortadoras. Na escola, sentia a
presença delas, auxiliando-o nas tarefas habituais. O certo é que os seus
primeiros anos o marcaram profundamente; ele nunca os esqueceu... A necessidade
de trabalhar desde cedo para auxiliar nas despesas domésticas foi, em sua vida,
conforme ele mesmo o diz, uma bênção indefinível.
Sim, a
doença também viera precocemente fazer-lhe companhia. Primeiro os pulmões,
quando trabalhava na tecelagem; depois os olhos; agora é a angina.
Início de
seu mediunato Chico Xavier iniciou, publicamente, seu mandato mediúnico em 8 de
julho de 1927, em Pedro Leopoldo. Contando 17 anos de idade, recebeu as
primeiras páginas mediúnicas. Em noite memorável, os Espíritos deram início a
um dos trabalhos mais belos de toda a história da humanidade. Dezessete folhas
de papel foram preenchidas, celeremente, versando sobre os deveres do
espírita-cristão.
Depoimento
de Chico Xavier: (...) "Era uma noite quase gelada e os companheiros que
se acomodavam
junto à mesa me seguiram os movimentos do braço, curiosos e
comovidos. A sala não era grande, mas, no começo da primeira transmissão de um
comunicado do mais Além, por meu intermédio, senti-me fora de meu próprio corpo
físico, embora junto dele. No entanto, ao passo que o mensageiro escrevia as
dezessete páginas que nos dedicou, minha visão habitual experimentou
significativa alteração. As paredes que nos limitavam o espaço desapareceram.
O telhado
como que se desfez e, fixando o olhar no alto, podia ver estrelas que
tremeluziam no escuro da noite. Entretanto, relanceando o olhar no ambiente,
notei que toda uma assembléia de entidades amigas me fitavam com simpatia e
bondade, em cuja expressão adivinhava, por telepatia espontânea, que me
encorajavam em silêncio para o trabalho a ser realizado, sobretudo, animando-me
para que nada receasse quanto ao caminho a percorrer."
Emmanuel e
duas orientações para o resto de sua vida O Espírito Emmanuel, nos primórdios
da mediunidade de Chico Xavier, deu-lhe duas orientações básicas para o
trabalho que deveria desempenhar. Fora de qualquer uma delas, tudo seria
malogrado. Eis a primeira. - "Está você realmente disposto a trabalhar na
mediunidade com Jesus?"
Sim, se os
bons espíritos não me abandonarem... -respondeu o médium. - Não será você
desamparado - disse-lhe Emmanuel - mas para isso é preciso que você trabalhe,
estude e se esforce no bem. - E o senhor acha que eu estou em condições de
aceitar o compromisso? - tornou o Chico. - Perfeitamente, desde que você
procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço...
Porque o
protetor se calasse, o rapaz perguntou: - Qual é o primeiro? A resposta veio
firme: - Disciplina. - E o segundo? - Disciplina. - E o terceiro? -
Disciplina."
A segunda
mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada: -
"Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que
pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de
tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse
mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de
acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus
e Kardec, procurando esquecê-lo."
Produção
literária Em 1932 publica a FEB seu primeiro livro, o famoso "Parnaso de
Além-Túmulo"; hoje com 416... livros psicografados. Várias delas estão
traduzidas e publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês,
grego, etc. De moral ilibada, realmente humilde e simples, Chico Xavier jamais
auferiu vantagens, de qualquer espécie, da mediunidade.
Sua vida
privada e pública tem sido objeto de toda especulação possível, na informação
falada, escrita e televisionada. Apodos e críticas ferinas, têm-no colhido de
miúdo, sabendo suportá-los com verdadeiro espírito cristão. Viajou com o médium
Waldo Vieira aos Estados Unidos e à Europa, onde visitaram a Inglaterra, a
França, a Itália, a Espanha e Portugal, sempre a serviço da Doutrina Espírita.
Chico Xavier
é hoje uma figura de projeção nacional e internacional, suas entrevistas
despertam a atenção de milhares de pessoas, mesmo alheias ao Espiritismo; tem
aparecido em programas de TV, respondendo a perguntas as mais diversas,
orientando as respostas pelos postulados espíritas. Já recebeu o título de
Cidadão Honorário de várias cidades: São José do Rio Preto, São Bernardo do
Campo, Franca, Campinas, Santos, Catanduva, em São Paulo; Uberlândia, Araguari
e Belo Horizonte, em Minas Gerais; Campos, no Estado do Rio de Janeiro, etc.,
etc.
Dos livros
que psicografou já se venderam mais de 12 milhões de exemplares, só dos
editados pela FEB, em número de 88. "Parnaso de Além-Túmulo", a
primeira obra publicada em 1932, provocou (e comprovou) a questão da
identificação das produções mediúnicas, pelo pronunciamento espontâneo dos
críticos, tais como Humberto de Campos, ainda vivo na época, Agripino Grieco,
severo crítico literário, de renome nacional, Zeferino Brasil, poeta gaúcho,
Edmundo Lys, cronista, Garcia Júnior, etc.
Prefaciando
"Parnaso de Além-Túmulo", escreveu Manuel Quintão: "Romantismo,
Condoreirismo, Parnasianismo, Simbolismo, aí se ostentam em louçanias de sons e
de cores, para afirmar não mais subjetiva, mas objetivamente, a sobrevivência
de seus intérpretes. É ler Casimiro e reviver 'Primaveras'; é recitar Castro
Alves e sentir 'Espumas Flutuantes'; é declamar Junqueiro e lembrar a 'Morte de
D. João'; é frasear Augusto dos Anjos e evocar 'Eu'."
Romances
históricos formam a série Romana, de Emmanuel, composta de: "Há 2000
Anos...", "50 Anos Depois", "Ave, Cristo!",
"Paulo e Estevão", provocando a elaboração do "Vocabulário
Histórico-Geográfico dos Romances de Emmanuel", de Roberto Macedo, estudo
elucidativo dos eventos históricos citados nas obras. "Há 2000
Anos..." é o relato da encarnação de Emmanuel à época de Jesus. De
Humberto de Campos (Espírito), aparece, em 1938, o profético e discutido
"Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", uma história de
nossa pátria e dos fatos e ela ligados, em dimensão espiritual.
A série André
Luiz é reveladora, doutrinária e científica; com obras notáveis e a maioria
completa, no tocante à vida depois da desencarnação, obras anteriores, de
Swedenborg, A. Jackson Davis, Cahagnet, G. Vale Owen e outros. Pertencem a essa
série: "Nosso Lar", "Os Mensageiros", "Missionários da
Luz", "Obreiros da Vida Eterna", "No Mundo Maior",
"Agenda Cristã", "Libertação", "Entre a Terra e o
Céu", "Nos Domínios da Mediunidade", "Ação e Reação",
"Evolução em dois Mundos", "Mecanismos da Mediunidade",
"Conduta Espírita", "Sexo e Destino",
"Desobsessão", "E a Vida Continua...".
A
extraordinária capacidade mediúnica de Chico Xavier está comprovada pela grande
quantidade de autores espirituais, da mais elevada categoria, que por seu
intermédio se manifestam. Vários de seus livros foram adaptados para encenação
no palco e sob a forma de radionovelas e telenovelas. O dom mediúnico mais
conhecido de Francisco Xavier é o psicográfico. Não é, todavia, o único. Tem
ele, e as exercita constantemente, outras mediunidades, tais como: psicofonia,
vidência, audiência, receitista, e outras.
Sua vida,
verdadeiramente apostolar, dedicou-a, o médium, aos sofredores e necessitados,
provindos de longínquos lugares e também aos afazeres medianeiros, pelos quais
não aceita, em absoluto, qualquer espécie de paga. Os direitos autorais ele os
tem cedido graciosamente a várias Editoras e Casas Espíritas, desde o primeiro
livro. Sua vida e sua obra têm sido objeto de numerosas entrevistas
radiofônicas e televisadas e de comentários em jornais e revistas, espíritas ou
não e em livros.
Na tarefa
mediúnica "Pergunta - Em seu primeiro encontro com Emmanuel, ele enfatizou
muito a disciplina. Teria falado algo mais? Resposta - Depois de haver
salientado a disciplina como elemento indispensável a uma boa tarefa mediúnica,
ele me disse: 'Temos algo a realizar.' Repliquei de minha parte qual seria esse
algo e o benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!' Considerei, então:
como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos,
além do
nosso próprio trabalho diário e a publicação de um livro demanda tanto
dinheiro!... Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei:
será que meu pai vai tirar a sorte grande? Emmanuel respondeu: 'Nada, nada
disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providência de
Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!'
Algum tempo
depois, enviando as poesias de "Parnaso de Além- Túmulo" para um dos
diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o
livro aceito e publicado, em 1932. A este livro seguiram-se outros e, em 1947,
atingimos a marca dos 30 livros. Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo
espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo:
'Agora, começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe
novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me
encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de
janeiro de 1959.
O grande
benfeitor explicou-me, com paciência: "Você perguntou, em Pedro Leopoldo,
se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da
Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que
nos cabe chegar ao limite de cem livros." Fiquei muito admirado e as
tarefas prosseguiram.
Quando alcançamos
o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de
nossos compromissos. Ele esclareceu, com bondade: "Você não deve pensar em
agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você
que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução
que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da
divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do
ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam
colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre
apto para as nossas atividades."
Muito
desapontado, perguntei: então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros
do mundo espiritual
até o fim da minha vida atual? Emmanuel acentuou:
"Sim, não temos outra alternativa!" Naturalmente, impressionado com o
que ele dizia, voltei a interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina
Espírita ensina que somos portadores do livre arbítrio para decidir sobre os
nossos próprios caminhos? Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência
paternal e me cientificou: "A instrução a que me refiro é semelhante a um
decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra.
Se você
recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra
de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade
bastante para retirar você de seu atual corpo físico!" Quando eu ouvi sua
declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo
trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei
a chamar de "Desígnios de Cima."
(Fonte:
"O Espírita Mineiro", número 205, abril/junho de 1988.) Palavras de
Chico Xavier ao contemplar 40 anos de mediunidade "Estes quarenta anos de
mediunidade passaram para o meu coração como se fossem um sonho bom. Foram
quarenta anos de muita alegria, em cujos caminhos, feitos de minutos e de horas
e de dias, só encontrei benefícios, felicidade, esperanças, otimismo, encorajamento
da parte de todos aqueles que o Senhor me concedeu, dos familiares, irmãos,
amigos e companheiros.
Quarenta
anos de felicidade que agradeço a Deus em vossos corações, porque sinto que
Deus me os concedeu nos vossos corações, que representam outros muitos corações
que estão ausentes de nós. Agora, sinto que Deus me concedeu por vosso
intermédio uma vida tocada de alegrias e bênçãos, como eu não poderia receber
em nenhum outro setor de trabalho na Humanidade. Beijo-vos, assim, as mãos, os
corações. Quanto ao livro, devo dizer que, certa feita, há muitos anos,
procurando o contato com o Espírito de nosso benfeitor Emmanuel, ao pé de uma
velha represa, na terra que me deu berço na presente encarnação, muitas vezes
chegava ao sítio, pela manhã, antes do amanhecer.
E quando o
dia vinha de novo, fosse com sol, fosse com chuva, lá estava, não muito longe
de mim, um pequeno charco. Esse charco, pouco a pouco se encheu de flores, pela
misericórdia de Deus, naturalmente. E muitas almas boas, corações queridos, que
passavam pelo mesmo caminho em que nós orávamos, colhiam essas flores e as
levavam consigo com transporte de alegria e encantamento. Enquanto que o charco
era sempre o mesmo charco. Naturalmente, esperando também pela misericórdia de
Deus, para se transformar em terra proveitosa e mais útil.
Creio que
nesses momentos, em que ouço as palavras desses corações maravilhosos, que
usaram o verbo para comentar o aparecimento desses cem livros, agora cento e
dois livros, lembro este quadro que nunca me saiu da memória, para declarar-vos
que me sinto na condição do charco que, pela misericórdia de Deus, um dia
recebeu essas flores que são os livros e que pertencem muito mais a vós outros
do que a mim.
Rogo, assim,
a todos os companheiros, que me ajudem através da oração, para que a luta
natural da vida possa drenar a terra pantanosa que ainda sou, na intimidade do
meu coração, para que eu possa um dia servir a Deus, de conformidade com os
deveres que a Sua infinita misericórdia me traçou. E peço, então, permissão, em
sinal de agradecimento, já que não tenho palavras para exprimir a minha
gratidão. Peço-vos, a todos, licença para encerrar a minha palavra
despretensiosa, com a oração que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou".
(Fonte:
"O Espírita Mineiro", número 137, abril/maio/junho de 1970.)
Considerações finais Em 1997, Chico Xavier completou 70 anos de incessante
atividade mediúnica, da maior significação espiritual, em prol da Humanidade,
abrangendo seus mais diversos segmentos.
Francisco
Cândido Xavier psicografou mais de 400 (quatrocentas) obras mediúnicas, de
centenas de
autores espirituais, abarcando os mais diversos e diferentes
assuntos, entre poesias, romances, contos, crônicas, história geral e do
Brasil, ciência, religião, filosofia, literatura infantil, etc. Fiel ao
princípio Crístico do "dai de graça o que de graça recebestes",
jamais usufruiu dos direitos autorais provenientes de seu extraordinário dom
mediúnico, sempre, ao contrário, repassando-os, em cartório, à editoras de
divulgação espírita e inúmeras obras assistenciais.
Chico Xavier
partiu, mas o testemunho de sua existência permanecerá como diretriz segura
para todos os que esposam os ideais espíritas e cristãos, sobretudo aos que,
voluntariamente, se vêem comprometidos com a difícil tarefa do intercâmbio
mediúnico. Sua constrangedora humildade e seu desapego, dificilmente
compreendidos até para muitos confrades, foi a mais notável e marcante
exteriorização da grandiosidade de seu espírito.
A verdade é
que, depois de Allan Kardec, Chico Xavier sempre representou a árvore da
revelação espírita, que foi transportada da França para o Brasil. Sua obra
mediúnica sintetiza inestimável legado para as gerações futuras. Como dignos
missionários do mundo espiritual, Chico e Kardec se identificam em muitos
pontos, sobretudo, na incomum capacidade de produção literária. Ambos deixaram
uma vastíssima obra de inusitado conteúdo moral-cultural. É notável ainda a
absoluta fidelidade aos compromissos espirituais assumidos bem como ao perfeito
equilíbrio do tríplice aspecto doutrinário do espiritismo.
Outra
particularidade entre os dois foi a de jamais se rebaixarem ao nível de seus
opositores e inimigos
gratuitos, mantendo-se sempre muito acima em dignidade e
fraternidade. Fortalecidos na mais pura moral cristã deram seu testemunho de
serviço incondicional à humanidade, acreditando verdadeiramente na força
delicada e transformadora do bem que os motivava. A grandeza de Chico, assim
como a de Kardec, podem ser avaliadas claramente no testemunho explícito de
suas vidas e suas obras, porque de boas árvores somente colhe-se bons frutos.
Ambos
representam uma extraordinária referência para o redirecionamento espiritual do
homem atormentado dos dias atuais. Personificam nítida concessão da
misericórdia divina para o aclaramento das cogitações de nossas mentes e
corações. No triste palco do mundo, nesses últimos tempos, as vozes de Chico e
Kardec foram as que ecoaram de forma mais despojada e cristalina o brado
revitalizador do cristianismo, "em espírito e verdade", tal como
vislumbrara o divino Mestre.
Prezado
Irmãos Aos 5 anos, este menino teve a sua primeira visão. Atrás de uma
bananeira, viu e ouviu a voz de sua querida mãezinha (Dona Maria de São João de Deus e disse: - "Mamãe, fique
comigo... Carregue-me com a Senhora... "Assim começou a mediunidade do
menino FRANISCO.
'Era 08 de
julho o de 1927 o jovem Francisco recebia a sua primeira psicografia e em 1932,
foi publicado o seu primeiro livro "Parnaso de Além-Túmulo, assustando
assim a todos, pois com apenas o quarto ano primário recebe mensagens de
grandes vultos de nossa Literatura Brasileira. Hoje, com 416 livros já
publicados estamos com saudade de CHICO XAVFER. sabendo que ele continua sua
tarefa ao fado de Jesus.
'Nós do
Grupo Espírita da Prece de "Chico Xavier" que acompanhamos por muitos
anos o tarefeiro do amor em seus trabalhos, não poderíamos deixar de
homenageá-lo. Pedimos a todos companheiros de ideais e amigos do nosso querido
CHICO, que nesta data tão significativa, façamos uma grande corrente ecumênica,
pedindo a NOSSA Mãe Santíssima e ao nosso irmão maior JESUS, que continue lhe
dando as forças que ele deixou e continua dando a todos com seus exemplos
Cristãos, continuando a sua sublime missão: Deixar a todos nós a sua palavra de
coragem, confiança, fé deste Aposto do nosso Divino Amado JESUS.
Apesar dos
problemas e o mais importante pela missão diante da humanidade que Chico Xavier
veio pra desempenhar ele teve 5 moratórias e isso significa o quanto ele era e
é importante para toda a humanidade um verdadeiro emissário de Jesus.
Excertos do
livro digital "Francisco Cândido Xavier - Traços bibliográficos",
publicado pela Federação Espírita Brasileira - FEB
Texto e fotos do site de Chico Xavier
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g1.globo.com
Cento e três anos de Chico Xavier são
comemorados na Casa da Prece
Na comemoração do aniversário de Chico Xavier foram distribuídos alimentos. (Foto: Reprodução/ TV Integração) |
Cerca de 1.000 pessoas de todo o país participaram neste sábado (30).
Esta pode ter sido a última comemoração da data.
Cerca de 1.000 pessoas de vários estados foram a Uberaba, neste sábado (30), para participar das comemorações do aniversário de Chico Xavier. Se estivesse vivo, o espírita completaria 103 anos nesta terça-feira (2).
As comemorações foram na Casa da Prece, local onde ele atendia a comunidade. Na ocasião houve um culto em homenagem ao médium e depois foram servidos bolos enfeitados com fotos de Chico. Também houve distribuição de brinquedos, ovos de Páscoa e alimentos.
Desde que o espírita morreu, há 11 anos, o aniversário dele é comemorado desta forma. Contudo, esta pode ter sido a última vez, pois o grupo que organizou alegou que não realizará mais ações assistenciais.
Por:
Vanderli Pantolfi |
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