Cláudio Emanuel fez
brilhante exposição sob o tema “Em defesa da vida”! Surpreendentemente o mais
básico e óbvio direito humano ainda precisa ser defendido face a cultura
hedonista e utilitarista em que vivemos: o direito à vida.
Cláudio Abdala
principiou por defender a vida na sua forma mais frágil que é a do nascituro
quando agredido pela irresponsabilidade e pela força brutal dos instintos
animalizados dos que acreditam justo o infanticídio através do aborto, em nome
do conforto dos pais e da comodidade social.
Argumenta-se que a
mulher deve ter direito sobre o seu próprio corpo, o que ele diz concordar
integralmente, mas não o direito de decidir a vida ou a morte do corpo do seu
filho.
Aquelas crianças
que sobrevivem ao aborto, à fome e à violência urbana que frequentemente agride
o direito à vida, sobretudo daquelas pessoas mais pobres, enfrentam, em plena
juventude, outro flagelo destruidor que alcança hoje níveis epidêmicos nas
sociedades modernas: o suicídio.
O palestrante
discorreu sobre o vazio existencial gerado pelos mesmos valores materialistas
que aprovam o aborto e concomitantemente não trazem sentido à vida fazendo com
que aqueles que a sociedade, dentro de sua comodidade econômica, julga dignos
de viver, frequentemente se julgam indignos de usufruir a vida ultrapassando
assim, o instinto natural de conservação, caminhando desse modo em direção ao
suicídio.
Muito
frequentemente o suicídio é fruto da solidão. As pessoas estão interconectadas
por aparelhos e redes sociais, mas a superexposição pública de nossas vidas,
frequentemente maquiada em hipocrisia para encantarmos os outros, não nos traz
companhias com as quais possamos contar num momento de fragilidade diante dos desafios
da vida. E nas famílias reduzidas à condição de provimento financeiro, não
abundam valores espirituais e afetivos que possam trazer sustentação emocional a
uma geração inteira de jovens confundidos pelo momento grave em que passa a
humanidade.
Mas aqueles que
sobrevivem ao aborto e ao suicídio frequentemente ainda tem suas vidas ceifadas
por outro flagelo do mundo moderno: a depressão. Uma doença de etiologia
complexa que desafia a medicina do século 21 e que só pode ter explicação
satisfatória num conhecimento mais profundo da natureza humana em busca de suas
origens espirituais.
O espiritismo vem
nesse momento de transição planetária nos lembrar quem realmente somos e quais
são os nossos verdadeiros valores, disse o conferencista.
Claudio Emanuel nos
esclareceu que nenhuma prática religiosa ou social nos trará a paz se não
promovermos a reforma de nós mesmos, desenvolvendo nossos mais profundos
valores espirituais. Faz-se necessário que o ser humano tenha uma relação sincera
consigo mesmo e com Deus; que saibamos aquilatar nossas qualidades e defeitos,
não alimentando a permissividade e, tão pouco, propagando modelos de santidade
automática e ilusória.
Na missão de
reviver o cristianismo primitivo os espíritas, e todos aqueles que trabalham
para a regeneração da humanidade, devem dar os seus testemunhos diários na obra
da valorização da vida através da transformação dos antigos vícios do
passado em prática da virtude que nos trará a paz.
Texto: Marcelo
Martinho
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